E SE A ROUPA CONTASSE HISTÓRIAS QUE NOS FICAM BEM?


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Daniela Peralta escreve sobre a Bainha de Copas no seu blogue Letras e Gavetas.

E SE A ROUPA CONTASSE HISTÓRIAS QUE NOS FICAM BEM?

Alguém de vós se recorda da fadista Mariza, em plena abertura da Final dos Campeões,vestida com uma saia azul e branca comprida linda de morrer? Pois eu lembro. Aliás: nunca mais me esqueci! Quando recentemente descobri o nome da marca da saia, nem pensei direito antes de contactar os responsáveis. Quando a Graça me respondeu que nos podíamos encontrar… acreditem em mim: fiquei em êxtase!

Graça Maria Martins é a sonhadora que desenhou a Bainha de Copas. Licenciada em Comunicação Social, com raízes em Guimarães e sem gosto por caracóis, a Graça dá a mão à palmatória no que toca a apontar algumas características suas: “fico tão apaixonada por isso que acho impossível ser só eu a gostar” e “sou uma pessoa muito obcecada por aquilo que estou a fazer quando gosto”. Nos primeiros anos da Bainha de Copas, ia entregar as peças a casa dos clientes e esperava até que estes as vestissem e gostassem. Tudo o que aprendeu, foi com o pai, “sobretudo, a ter um coração maior”. Não havia um único dia em que o pai não lhe “trouxesse um livro para casa”; talvez daí o amor pelas histórias e historinhas! Confessa-me que adora “histórias de qualquer tipo” e que é “muito colorida por dentro e por fora”. Cá eu, que a conheci e que a adorei logo no segundo seguinte, garanto-vos que ela tem razão no que diz. É daquelas pessoas que trazem o coração na boca. E nas mãos. E no peito. Em todo o lado!

 

 

As peças contam (mesmo) histórias

 

A Bainha de Copas nasceu em 2010 e a Graça contava-me numa das nossas conversas que “quando nasce uma coisa, essa coisa nasce porque tem potencial”. O potencial da Bainha tem vindo a crescer ao longo destes cinco anos que se passaram. E a Graça continuava a lógica: “existe uma grande responsabilidade de fazer essa coisa crescer”.

O nome fica-nos na memória e os padrões utilizados nas colecções da Bainha também não nos largam nunca mais! “Foi um nome muito fácil: eu gosto da Alice no País das Maravilhas… Bainha de Copas, claro”!, diz-me a responsável pela marca.       

A primeira colecção da Bainha de Copas, designada por Mess Is More - porque a Graça “não sabia onde parar! Era mais uma abelha, mais uma flor…” – surgiu do acaso. “O pai de uma amiga [de Graça] tem um acervo de fotografias a azulejos” e o desafio de torná-las numa colecção de roupa daí resultou. E aconteceu. E tem vindo a acontecer desde aí. “Temos um museu ao ar livre em Portugal”, diz-me sorridente. O que fascina Graça é “a passagem do tempo. Quando falha um azulejo, alguém vai lá pôr outro. Mesmo que não tenha nada que ver com o que lá estava, alguém teve essa preocupação!”. Também daí me coloca a questão: “porque é que vemos os turistas a tirar fotografias?”. Pois é: andam mais atentos do que muitos de nós.

 

Para que todo o trabalho da Graça e da equipa da Bainha de Copas seja reconhecido é preciso que andem atentos no dia-a-dia. É preciso reparar em tudo. Observar com atenção. Absorver. Este trabalho, garante-me a Graça, “é uma espécie de pôr a boldaquilo que a vida já nos dá”. E continua: “é a vida que nos inspira para este trabalho. A vida tem tudo o que nós precisamos para sermos felizes. Isto é uma espécie desublinhado que nos diz: olha lá para isto que a vida te está a dar”.

Pelo país e pelo mundo

“É giro ouvir dizer ‘vi uma Bainha na rua’ e eu já cheguei mesmo a dizer ‘essa Bainha é minha!’”, conta-me. Logo depois, fala-me de como a marca está presente em países como o Canadá, Alemanha, Austrália e Japão. O mercado da Saudade, que envolve milhares de portugueses espalhados pelo mundo, é uma das maiores vantagens. O truque essencial para que a marca se torne inesquecível aos olhos de quem a vê, no fundo, é “apostar em cortes clássicos e intemporais”, numa “selecção de padrões” e numa “escolha de cores” que tornem estas peças especiais. Mas especiais de forma a que, quando for altura de “fazer uma limpeza ao meu armário, estas peças fiquem para os filhos e, se calhar, quando fores avó ainda as vais vestir”!

Todas as peças são produzidas em Guimarães e muitas têm mão dos criativos da Fundação Ricardo Espírito Santos da Silva. Desta forma, leitores, é importante dizer-vos que estas peças são únicas e produzidíssimas em Portugal! Estão à venda n’A Vida Portuguesa, na Loja das Meias e também naFundação Ricardo Espírito Santos da Silva. À parte disso, claro, o novo site oficial da Bainha de Copas e o Facebook da marca são óptimos meios para que entrem em contacto com alguém que vos ajudará.

Amanhã falo-vos do desafio que a Graça me lançou... e que eu aceitei! :)

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